11 de outubro de 2016


Há muitas décadas psicólogos, filósofos, pedagogos, consultores de empresas e tantos outros pesquisadores têm se dedicado ao estudo da autoestima. Isso não ocorre por acaso. A autoestima é o que define nossa forma de viver, de interpretar os acontecimentos e administrá-los no decorrer da nossa vida.

A formação da autoestima se dá durante toda a vida, especialmente, nos primeiros anos da infância. Para a criança, os pais são tão grandes como Deus. Nessa época, aprendemos se somos ou não “dignos de ser amados”. Ocorre que esse processo de formação da autoestima não é definitivo. O nosso autoconceito evolui, em geral, durante toda a vida. Essa variação se dá da seguinte forma: uma nova experiência de vida gera êxito ou fracasso que, por sua vez, leva a uma nova concepção de si mesmo, o que determina o grau da nossa autoestima. 

Se uma pessoa possui a antiga concepção de que não tem valor, essa convicção age como os óculos de sol que filtram as imagens contraditórias. Essa pessoa, provavelmente, irá centralizar sua atenção em suas próprias debilidades, e não em seus pontos fortes, seus talentos, suas conquistas. Sua neurose tende a crescer com a idade, a menos que ela modifique a visão que possui de si mesma. 

Podemos comparar o ser humano a uma pizza gigante. Todos nós somos formados por inúmeras fatias, cada qual de um sabor diferente que podemos enumerar da seguinte forma: vida profissional, afetiva, espiritual, lazer, relações familiares e vida social. Há pessoas que possuem todas essas fatias aproximadamente do mesmo tamanho, ou seja, desenvolvem todas as suas capacidades e potenciais. Esse é o aspecto fundamental da autoestima: desenvolver nossos talentos, capacidades e potenciais em todos os aspectos da nossa vida. 

A nossa sociedade, imediatista, tende a nos influenciar no sentido de acreditar que, para aumentar nosso grau de autoestima e alegria, é preciso sucesso profissional, boa reputação, reconhecimento social, uma família equilibrada, um corpo escultural, um relacionamento afetivo sólido, dinheiro etc. Na verdade, o processo real implica justamente o contrário: uma elevada autoestima é o fator que gera motivação suficiente para alcançarmos quaisquer desses componentes como consequência de nossa ação. 

Precisamos pensar e repensar se estamos desenvolvendo todo o nosso potencial humano, a fim de reestruturar e fortalecer a nossa autoestima. A ideia que fazemos de nós próprios influencia a escolha dos ambientes que frequentamos, as pessoas com as quais convivemos, a forma de ns relacionarmos com o outro, a produtividade e todos os aspectos fundamentais de nossa vida. Uma identidade positiva gera experiências positivas de vida. É nesse contexto que podemos afirmar que a autoestima é fator determinante da nossa realização vital. 

Fernanda 
CVV Belo Horizonte (MG)

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